Aspereza aos pés. Pedrinhas! Que vontade
de pular. O céu roxo sem estrelas. Quantas vezes olhou para a imensidão?
Liberdade! A estrutura de uma cabana sem
lona lembra-me o circo, sem animais.
Palhaços libertos em arriscados
movimentos pelos ares. O campo florido como platéia. Retorna a vontade de pulos
dar. Contagiantes palhaçadas? Mas isso fica apenas na imaginação. Circo ao ar
livre e sorrisos.
E então ouço água em pedras. A brisa. E
muda-se o ambiente.
O som das águas como cascata, toque
suave aos ouvidos. Lugar para meditação, rodeado por intensas energias da
natureza. Grama, arbustos floridos e árvores. Flores rosa, vermelha e amarela.
Água morna, noite fresca. Lago obscurecido pela noite, águas límpidas. Paraíso
escondido, longe das destrutivas mãos humanas.
Pik, pik, pik. Como se pudesse ouvir a
leveza de seus passinhos a terra: um esquilo pulador. Esperem! Um rato! Rato?
De tão sutil os pulos atribui beleza a um selvagem roedor da cidade. Ele sumiu em meio às folhagens.
O verde acalma e induz ao sono. Vamos
descansar.
Um estalo. Pessoas ao redor parados em
uma única direção observando distraidamente. Que grande poder tenho eu, o poder
de me ausentar da realidade.
Categories: Oficina2014
Poder de recriar espaços e interiores pela palavra. Parabéns!
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