Flor estrelada, branca
e amarelada observa as crianças a brincar no playground. Correm pela grama sem
notá-la assistindo-os. Flores desabrocham, são várias delas. Delicadas. A brisa
sacode os ramos e elas balançam de um lado para o outro calmamente.
As crianças gritam ao
falar, estão tomadas pelo prazer da diversão. Não desfrutam da natureza.
A flor um dia quer
viajar. Carregada por tempestade imaginou-se. Fortes e gelados ventos como
alavanca para o passeio. Grossos pingos de chuva cessariam sua sede e ela aguardaria
escondida em arbustos pelo sol. Suaves ventos, ela levantaria vôo. Um vôo sem
rumo, uma aventura.
Para
onde vamos?
O
destino guiaria essa viagem.
A
areia aquecida pelo sol. Sem pegadas. Pessoas há muito tempo não são vistas.
Que delícia! Nada de bem me quer ou mal me quer, de narizes cheirando e de mãos
sujas em suas pétalas. Ah! O deserto... Como ele seria?
Distante
de casa enrolar-se-ia nos grãos das dunas para proteger-se. Esconder-se nelas.
Nas
fendas do solo ou embaixo de rochas água para banhar-se rapidamente.
Economizaria para a fonte não secar.
Como
gostaria de conhecer o deserto... Quem sabe na próxima tempestade.
Fragilidade?
Ah, que nada!
Categories: Oficina2015
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